o hábito moderno

Como podemos reparar, proferir a palavra amo-te nesta sociedade juvenil está-se a tornar um hábito bastante moderno.

"Amo-te best", "Conheço-te à dois dias, mas como és buéda fixe, olha, amo-te amiga!".

São frases feitas que são proferidas (escritas e não ditas) por grande parte da população jovem, no seu dia-a-dia cibernáutico (e pelos telemóveis também). SIm, porque raros são aqueles que amam de verdade e que o dizem na cara do seu/sua amado/a!

Amar é algo mais do que escrever ou até dizer que se ama alguém: é pensar nessa pessoa, é perceber quando ela precisa de nós sem ela sequer nos dizer/pedir nada, é estar sempre pronto para qualquer situação desagradável, é saber fazer essa pessoa feliz! (entre outras coisas que tenho vindo a descobrir à medida do tempo).

É preciso, também, conhecer o corpo um do outro, viajar pelos odores, pelos sabores, pelo tacto da pele, pela contemplação de ambas as belezas (exteriores e interiores). Quando se ama alguém, é preciso debater ideias e ideiais, é preciso falar, argumentar... É preciso sorrir, é preciso chorar, é preciso ser-se verdadeiro, é preciso alertar quando o outro faz algo de errado, é preciso ajudar o outro a mudar, se ele quiser, não mudá-lo por mera conveniência, por mera ocasionalidade. O amor é algo intemporal que (deveria) resiste a qualquer moda, qualquer situação. É preciso ser-se forte e superar todos os desafios propostos.