segunda-feira, 18 de agosto de 2008

palavras objectivas, mesmo ao nosso jeito

Uma amizade dita verdadeira não nasce do nada.
Quando existe uma boa capacidade de expressão, é fácil ligar o motor e arrancar em primeira com uma boa amizade. A partir deste primeiro contacto/conhecimento exterior, é necessário existir uma grande força de vontade para se conhecer o outro. Porque uma grande amizade deriva de todos os momentos, discussões de ideias, palavras, conversas, abraços, carinhos, atenção que duas pessoas, ou um grupo delas, partilha.
Porquê todas estas palavras aqui escritas? Porque quero-te mostrar outra forma de veres as coisas. Quero que entendas que um amigo demora-se a arranjar, mas, por outro lado, que é muito fácil de o perder, por mais que penses que não.
Dizes que os teus amigos vão estar sempre lá quando precisares, e na realidade eles têm estado. Mas achas que eles merecem que não lhes dês atenção? Que não semeies e que não cultives a vossa amizade?
Dizes que, também, estás lá para eles, ou pelo menos já estiveste, e que já os ajudaste muito... Não entendes que quando mais dás, seja o quê e a quem for, mais recebes em troca?
É claro que verdadeiras amizades continuam a crescer, mesmo quando se trata de longas distâncias. Mas achas que uma amizade cresce só porque apanha chuva, tal como as plantas? Não, ambos os elementos têm de estar atentos às necessidades um do outro, e tu ultimamente não tens andado muito atento...
Costumas, por hábito, ser o palhaço, no bom sentido da palavra, pois és sempre aquele que faz uma pessoa sorrir com as todas as parvoíçes e verdades feitas engraçadas, que proferes. Mas o palhaço tem estado, ultimamente, de férias...
Tens de entender que ninguém te retira nada; dar aos outros faz-nos sentir realizados, mas tu ainda não percebeste bem a razão de ser desta espécie de negócio: nunca é demais dar.
Cada vez mais penso que tu não consegues conciliar os defeitos do outro com a vossa amizade... Desistes e deitas tudo a perder. Onde está aquela pessoa lutadora e ambiciosa que eu conheci?
Tu não tens mesmo noção do quão boa pessoa és, a tua humildade tipicamente portuguesa vem sempre ao de cima. E, consequentemente, também não tens noção da falta que nós (os outros) sentimos quando não estás por perto. Porque tu tens sempre as palavras correctas e maturas para nos dizer.
Confesso que, por vezes, gostaria de poder mudar algumas coisas em ti, mas sei que é assim que eu consigo aprender contigo e que é assim que eu gosto de ti. Porque já errei algumas vezes quanto a este assunto de mudança, mas já atendi, e com toda a razão, que nem tudo tem de ser à minha maneira (nem pode), mas sim à nossa.
Tens tanto aí dentro... Não partilhes tudo isso só com uma pessoa; sê capaz de coordenar o que tens no teu interior e partilhá-lo com quem precisa.
Zela pelas tuas amizades, não as deixes apagar por falta de uso.
Espero que aprendas a aceitar as opiniões daqueles que gostam muito de ti. Espero, também, que não batas muitas vezes com a cabeça na parede, apesar de, pelos vistos, ser a única maneira de aprenderes algumas coisas.
Porque nunca é demais recomeçar o nosso about me...

2 comentários:

Rafeiro Perfumado disse...

Engraçado falares aqui de amizade. Estivemos tanta vez ao pé um do outro, foi preciso metermos meio mundo entre nós para trocarmos palavras sem serem de circunstância. Será o início duma amizade?

Beijoca!

Gata Verde disse...

Olá!!!
Adivinha quem "eu" sou, mas sei dizer o meu nome?
Uma pista...sou muito "amiga" do Rafeiro!!!

Vim cuscar o teu blog. Parabéns!!
Através dele ficamos mais perto...

beijos