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Tirei a roupa da máquina de lavar.

Pendurei no meu estendal, com molas coloridas, a tua camisola, as tuas meias com um buraco no dedo mindinho, os teus boxers, os teus jeans, os cordões das tuas sapatilhas... Retirei aquelas sapatilhas que tu mais gostas do tambor metálico, tingidas de preto, pela tua roupa escura. Já não cheiram àquele teu cholé, tão característico.

Agora, sempre que olho para dentro da redonda máquina de lavar a roupa, está vazia. Já não encontro as molas coloridas, com que costumava pendurar a tua roupa, no estendal.

Onde estás tu? Na máquina de lavar roupa não, certamente. Procuro-te por todo o lado, sem te encontrar.

Agora, sempre que olho para dentro da redonda máquina de lavar a roupa, sinto saudades tuas.

Onde te meteste?
Apresento-me, novamente, e volto, com saudade.

Com amor,

Mafalda